Eleições.
Pois é, pessoal, para quem se interessa fui votar hoje.
Não importa quais (não) foram os meus votos; o que realmente interessa é que hoje foi o dia que a Quarta República acabou para mim.
Collor e Maluf voltaram para Brasília. O último foi o deputado federal mais votado do Brasil em números absolutos. Sim.
O segundo foi Clodovil. Veja só: não tenho nenhum preconceito, e, na verdade, apóio um candidato homossexual na Câmara (queria que ele confrontasse aqueles idiotas da bancada evangélica) e/ou no Senado. No entanto, o Clodovil é uma caricatura ambulante.
O terceiro foi Enéas. Até entendo que algumas pessoas tenham votado no ex-barbudo em 2002 como "voto de protesto"; no entanto, votar nele AGORA é dar um voto para a passividade: ele pouco ou nada fez em seu mandato - ainda bem!
Para completar o quadro, serei obrigado a ter que escolher entre o Sapo Barbudo, o Bettino Craxi destas plagas, e o Picolé (sorbet, si'l vous plait!) de Chuchu pra presidente, e entre Yeda, superlativo de FhC (superlativo, por sua vez, de PhD) e o Nietzsche dos pampas. O que mais assusta é que as alternativas não são, ou melhor, eram, nada melhores: o sr. Botox aqui no RS e... e... bom, tinha a Heloísa Helena, né? Candidata simpática ela! Algumas pessoas ainda tem esperança no PSOL; eu já perdi minhas ilusões.
Um professor meu já definiu 1789 como o ano mais rico da história política da humanidade: todo deputado da Assembléia Legislativa tinha um projeto, uma idéia com o qual se podia identificar. Em 2006, se dois candidatos possuírem idéias próprias já é lucro.
1 Comments:
Disseste mui bem, meu caro, a situação tá piorando. Por isso q curto tanto o mirecea eliade. Agora só resta a dúvida: "e agora"?
8:26 AM
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