Pensamentos aleatórios

- Fui ver o filme "Os fracos não têm vez". O filme poderia ser MUITO bom, na minha opinião, SE o personagem do Javier Bardem não fosse tão explicitamente louco... se fosse mais sutil, digamos. É um filme perfeitamente razoável, mas não sei se concordo com aqueles que dizem que ele é um "ousado exercício de autoria dos irmãos Coen" (como o Marcelo Carrard do site
http://www.insolitamaquina.com ), pelo simples fato de que o filme é uma adaptação de um livro, numa mídia altamente mainstream.

-É muito escroto falar mal do Obama e defender o Lula.

- É mais escroto ainda fazer faculdade de Filosofia e atacar a faculdade de História por provinciana e arrogante.

-Scrubs é legal, mas não tanto quanto Seinfeld;

-Desde Zeta Gundam que uma série de Gundam (http://en.wikipedia.org/wiki/Gundam) não era tão relevante quanto Gundam 00;

- A pena de morte, pelo jeito, anda bem em baixa no mundo civilizado. Até o delirante Sean Hannity admitiu que reviu sua posição sobre ela;

- Ter muito dinheiro não estraga uma pessoa, mas ter muito dinheiro sem nunca ter trabalhado um dia sequer por ele sim.

Sufocado

Marc Chagall estava certo*. A nostalgia é uma emoção poderosa. E às vezes, como hoje, sinto um aperto no peito, pensando no passado, na falta de responsabilidades de quando eu era criança, de quando eu jogava RPG todo sábado, de quando eu estudava pro vestibular, de quando eu estudava outra coisa que não História, de quando eu arrecém começava a andar de ônibus sozinho, de quando eu era um guri de 17 anos completamente perdido dentro da UFRGS, de quando eu estudava na PUC, das noitadas de 2003, das de 2004, das de 2005, dos (não) amores passados, de amigos que não vejo mais, de quando o centrinho de Atlântida não era um playground, de quando a Polar era uma cerveja desconhecida (ainda não era "nossa" - isto é, de vocês, não me coloquem nessa)...

... e mesmo sabendo que nostalgia não é saudade, que esta é, no final das contas, uma saudade falsa, mascarada por óculos cor-de-rosa, que este é um sentimento enganador - ao contrário da saudade -, eu não consigo deixar de sentir este aperto.

*Divagando, e aproveitando a oportunidade, eu francamente acredito que podemos comparar o que a Revolução Francesa e a Revolução Russa nos deixaram quando vemos que a última, na sua fase menos acentuada, acabou por expulsar Chagall de Moscou, enquanto a primeira, em sua fase mais autoritária, produziu a "Coroação de Napoleão" de David.

Vendo por um lado positivo...

A coisa mais legal do tempo é que, a cada momento que passa, 1999 fica cada vez mais distante.